justificação do valor científico
A Caldeira do Faial, de idade Holocénica, está associada ao colapso do topo do estratovulcão centrado da ilha, na dependência de erupções siliciosas do tipo plinianao s.l., com a projecção de volumosos e espessos depósitos de pedra pomes. No seu interior existe um cone piroclástico, um domo traquítico (a “Rocha do Altar”) e outrora existiu uma lagoa, que passou a regime intermitente após a actividade sísmica associada à erupção dos Capelinhos (1957/1958) Em 1958, esta erupção originou fendas que levaram ao esvaziamento da lagoa e deu origem a uma erupção hidromagmática no interior da Caldeira.
Nos bordos, escarpados, da caldeira são frequentes movimentos de massa (e.g. deslizamentos e quebradas) quer associados a precipitações extremas quer a eventos sísmicos moderados a fortes, como foi o caso do sismo de 9 de Julho de 1998, cujas cicatrizes são ainda visíveis no terreno.
(SERRALHEIRO ET AL., 1989, COUTINHO, 2000, PACHECO, 2001, FRANÇA ET AL., 2003, SRAM, 2005, LIMA, 2007)
Outros valores e sua justificação
Possui um elevado valor estético/paisagístico, educativo e interesse turístico, como ponto de visitação privilegiado e os diversos circuitos pedestres presentes.