Geossítios
GEO

Caldeira do vulcão das Sete Cidades

justificação do valor científico

O vulcão das Sete Cidades corresponde a um aparelho poligenético traquítico, encimado por uma grande caldeira de colapso, com 5,3 km de diâmetro médio, 623 m de profundidade máxima e cuja formação se iniciou há cerca de 36.000 anos.
No interior da caldeira, para além das conhecidas lagoas Azul e Verde, existem 13 centros eruptivos, incluindo da Lagoa de Santiago (instalada num maar), da Lagoa Rasa (num anel/cone de pedra pomes), da Caldeira do Alferes e da Caldeira Seca (cones de pedra pomes) e dois domos traquíticos.
No ano de 1439 terá ocorrido uma erupção explosiva intra-caldeira, na Caldeira Seca.
Para SE do bordo da caldeira das Sete Cidades desenvolve-se a Serra Devassa, que corresponde a um alinhamento vulcano-tectónico constituído por diversos vulcões monogenéticos (na sua maioria cones de escórias) e estruturas tectónicas activas de orientação geral NW-SE. Nesta zona existe cerca de uma dezena de pequenas lagoas e lagoeiros, usualmente nas crateras no topo destes cones, e toda esta área apresenta uma espessa cobertura de materiais piroclásticos, sobretudo pomíticos provenientes do vulcão das Sete Cidades.

(QUEIROZ, 1997, FRANÇA, ET AL., 2003, NUNES ET AL., 2004b, SRAM, 2005, LIMA, 2007)

Outros valores e sua justificação

Possui um elevado valor estético/paisagístico e educativo e constitui local de elevado interesse turístico, ponto de passagem obrigatória nos circuitos turísticos, incluindo de turismo de natureza (e.g. percursos pedestres)