justificação do valor científico
O vulcão do Fogo é um aparelho centrado poligenético traquítico, cujo topo está truncado por uma caldeira de colapso com um diâmetro médio de 2,8 km e que iniciou a sua formação há cerca de 15.200 anos. Contudo, a configuração actual da caldeira resulta, em grande parte, do último colapso importante ocorrido no topo deste vulcão, há aproximadamente 5.000 anos, associado à erupção pliniana do “Fogo A”. A última erupção ocorrida neste vulcão data do ano de 1563 e inclui uma erupção de natureza traquítica no interior da caldeira.
A caldeira é ocupada em grande parte pela Lagoa do Fogo e possui 8 centros eruptivos traquíticos intra-caldeira, incluindo cone de pedra pomes, anéis/cones de tufos e diversos domos.
As vertentes interiores da caldeira, que chegam a atingir desníveis de 300 metros, apresentam-se afectadas pela erosão fluvial e exibem uma rede de drenagem radial centrípeta muito encaixada e movimentos de vertente inferidos pelas cicatrizes deixadas no terreno.
(ZBYSZEWSKI ET AL., 1958, CONSTANCIA ET AL., 1997, CARVALHO, 1999, WALLENSTEIN, 1999, FRANÇA, ET AL., 2003, NUNES ET AL., 2004b, LIMA, 2007)
Outros valores e sua justificação
Possui um elevado valor estético/paisagístico e educativo e constitui local de elevado interesse turístico, ponto de passagem obrigatória nos circuitos turísticos, incluindo de turismo de natureza (e.g. percursos pedestres)