Geossítios
GEO

Corte tipo da Formação de S.Domingos

justificação do valor científico

Neste local pode ser observada a transição da Formação de Desejosa, com laminações silto-argilosas características, para a Formação de São Domingos, e a sequência desta última unidade. A Formação de São Domingos, unidade do topo do Grupo do Douro, é caracterizada por metaconglomerados e metaquartzarenitos (Sousa, 1982).
Para o topo da Formação da Desejosa, começam a aparecer finas bancadas de metaquartzarenitos que se vão tornando mais espessas, com desaparecimento dos filitos. Esta sucessão dá lugar a intercalações de ní­veis conglomeráticos espessos alternando com bancadas de metaquartzarenitos que para o topo passam a ser métricas (Sousa,1982, Sousa; Sequeira, 1987-1989).
Num pequeno sinclinal, a Formação de São Domingos ficou preservada e apresenta uma espessura de cerca de 50 metros.
Observam-se frequentes figuras sedimentares e variações laterais de espessura das bancadas. Os conglomerados são constituí­dos por clastos de quartzo, calcário, filito, metaquartzovaque e metagrauvaque.
Dado o carácter restrito da unidade e de este ser o seu melhor local de observação, com boa exposição e acessibilidade, justifica-se como referência nacional.

Referências
Sousa, M. Bernardo de (1982) – “Litostratigrafia e estrutura do “Complexo Xisto – Grauváquico ante – Ordoví­cico” – Grupo do Douro (Nordeste de Portugal) “ tese de doutoramento Univ. Coimbra, 222 p.
Sousa, M. Bernardo de; Sequeira, António J.D. (1987 -1989) – “Folha 10 – (Alijó) da Carta Geológica de Portugal na escala 1/50.000” e respectiva “Notí­cia Explicativa” . Serviços Geológicos de Portugal, 59 p.

Observações

Cerca de 500 metros a SE do v.g. São Domingos, junto à estrada que liga Valença do Douro a Castanheiro do Sul (concelho de Tabuaço, distrito de Viseu). Avaliação em actualização.