justificação do valor científico
Observa-se a descontinuidade de base da Bacia Lusitaniana. No corte as unidades siliciclásticas vermelhas (conglomerados, arenitos e pelitos do Grupo de Silves – Triásico) assentam directamente sobre unidades de xistos muito deformados do soco Paleozóico, pertencentes à Zona de Ossa Morena. A superfície de descontinuidade é plana, muito regular e encontra-se ligeiramente basculada para Oeste, o centro da bacia.
Em afloramento acessório, próximo (cerca de 2,4 km a Sul), observa-se deformação de falhas normais sin-sedimentares associadas às primeiras fases distensivas (1ª fase de rifting), que demonstram uma cinemática diferente à de fases posteriores. Algumas das falhas encontram-se superiormente seladas, sempre por camadas pertencentes ao Grupo de Silves, mostram também diferenças de espessura entre as camadas a tecto e muro das falhas.
Acesso directo, em cortes de estrada. Poderá “cruzar-se” com a framework “Meso-Cenozóico do Algarve” onde se encontra a discordância equivalente (genetica e temporalmente), na Bacia do Algarve, mas exactamente na praia do Telheiro, uma das mais espectaculares a nível mundial.
Outros valores e sua justificação
Valor educativo elevado.