justificação do valor científico
Os “lajidos” correspondem a campos de lava pahoehoe mais ou menos extensos, onde é possível observar um vasto conjunto de morfologias e estruturas típicas de um vulcanismo efusivo, associado a escoadas lávicas muito fluidas.
Os Lajidos de Santa Luzia, na orla costeira norte da Ilha do Pico, são constituídos por escoadas lávicas basálticas s.l. do tipo pahoehoe emitidas, na sua grande maioria, da cratera terminal ou da zona sub-terminal do vulcão poligenético da Montanha do Pico que atingiram o litoral após percursos da ordem de 10 a 13 km. De entre o conjunto de micro-relevos e estruturas presentes destacam-se: lavas encordoadas, pahoehoe toes, tumuli, cristas de pressão, cristas laterais, valas (lava trench), tubos lávicos, kipukas, moldes lávicos de árvores, lava esponjosa (spongy) e fenómenos de deposição gravítica de fenocristais.
Neste local são, também, visíveis diversos elementos culturais, típicos da tradicional actividade da cultura da vinha na Ilha do Pico, como: “currais” (estrutura reticulada de muros, efectuados com pedra basáltica retirada do chão, do próprio local), “rilheiras” (marcas da passagem nos lajidos dos rodados dos carros de bois), “rola-pipas” (rampas talhadas na pedra para facilitar o transporte das pipas até ao porto de descarga) e portos e embarcadouros.
(NUNES, 1999, SRAM, 2005, NUNES, ET AL., 2006, LIMA, 2007)
Outros valores e sua justificação
Para além do elevado valor estético/paisagístico e educativo este local evidencia um elevado interesse cultural e turístico, como parte integrante do Património Mundial da UNESCO (e.g. Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico)