justificação do valor científico
Este afloramento é dos raros locais onde se pode observar in situ a transição Pré-Câmbrico / Câmbrico, na Zona de Ossa – Morena.
Os conglomerados aflorantes na base do Câmbrico incluem fragmentos rolados de rochas sedimentares e vulcânicas. Para que estes fragmentos tenham adquirido a forma arredondada tiveram que ser transportados em antigos cursos de água de montanhas precâmbricas hoje completamente desaparecidas. São pois os vestígios mais remotos de actividade geológica que podemos encontrar no Alentejo central e dizem-nos que, mesmo antes da formação dos mármores, existiram cadeias de montanhas originadas pela colisão continental no Pré-câmbrico. Os trabalhos para a datação absoluta destas rochas encontram-se em curso, os primeiros dados obtidos são consistentes com a idade aqui defendida, contudo ainda não estão publicados. Serão fundamentais para concretizar, em termos de datação absoluta, as idades relativas para os vários processos geológicos aqui representados.
Referências
Lopes, J. L. G. (2003) – Contribuição para o conhecimento Tectono– Estratigráfico do Nordeste Alentejano, transversal Terena – Elvas. Implicações económicas no aproveitamento de rochas ornamentais existentes na região (Mármores e Granitos). Tese de Doutoramento, Departamento Geociências – Universidade de Évora, 568 p. Tese não publicada.
Falé, P., Lopes, L., Martins, R., Henriques, P., Carvalho, J., Viegas, J., Cabaço, J. (2009) – A Rota do Mármore no Anticlinal de Estremoz (Portugal), pp. 123 – 133, in Paúl Carron M. Ed., Rutas Minerales en el Proyecto RUMYS, p. 135, Guayaquil – Equador. ISBN 978-9942-02-240-0. CYTED.
http://www.rumys.espol.edu.ec/publicaciones.asp?pagina=Publicaciones
Outros valores e sua justificação
Este geossítio faz parte de um percurso de geológico – mineiro no anticlinal de Estremoz.