justificação do valor científico
A Montanha do Pico é o ponto mais alto de Portugal com 2351 m, constitui o mais jovem e maior edifício vulcânico poligenético dos Açores (que se eleva cerca de 3500 m relativamente aos fundos marinhos envolventes) e o terceiro de maior altitude do Atlântico, depois dos vulcões Teide (3717 m), nas Canárias e Fogo (2829 m), em Cabo Verde.
A Montanha, com um vulcanismo quase exclusivamente basáltico s.l., tem associados importantes campos de “lajidos” (e.g. campos de escoadas pahoehoe) e estruturas conexas (lavas encordoadas, tumuli, cristas de pressão, tubos lávicos, etc.) Aos 2050 m de altitude possui uma cratera fóssil e, no topo, aos 2250 m de altitude, uma outra pit crater, no interior da qual se localiza o cone lávico do Piquinho e uma fissura eruptiva, testemunhos dos últimos episódios vulcânicos ocorridos no topo da Montanha (há cerca de 1300 anos B.P.), onde há, ainda, actividade fumarólica.
Os bordos Norte e Este da cratera e respectivos flancos do topo do vulcão estão muito afectados por desmoronamentos, dando origem aos volumosos depósitos de vertente do Areeiro de Santa Luzia e das Quebradas do Norte, do Curral e da Terça.
(NUNES, 1999, FRANÇA, ET AL., 2003, SRAM, 2005, NUNES, ET AL., 2006, LIMA, 2007)
Outros valores e sua justificação
Possui um elevado valor estético/paisagístico e interesse turístico, potenciado pelas subidas ao topo da Montanha.
A diversidade de estruturas e de morfologias presentes acentuam o valor educativo do geossítio.
Observações
Geossítio localizado nos municípios de Madalena, São Roque do Pico, Lajes do Pico